DIA INTERNACIONAL DE COMBATE A LGBTFOBIA
- Revista Alternativa LGBTQ
- 28 de mai. de 2023
- 2 min de leitura
Por Sheila Costa

DIA INTERNACIONAL DE COMBATE A LGBTFOBIA, mas o que de concreto temos feito para esse enfrentamento das violências? O que esse post pode ajudar a combater a LGBTFOBIA?
A vida nesta bolha online, onde todos “falam” o que querem e juram fazer militância contra essas violências não passa de massagem no EGO, não nos torna revolucionárias, não nos transforma em seres melhores!
Fomos cobrados a postar uma imagem sobre o dia de hoje, mas que tipo de imagem e textos esperam? Algo fofinho, colorido e com frases de esperança, provocando em nossas mentes uma força comumente associada a coisas impossíveis e a uma fé irracional? Ou ainda um desejo de pertencimento e sabor de luta contra as maldades humanas, enquanto distribuo coraçõezinhos em posts vagos e repetitivos do aconchego do meu lar?
Ando cansada de tantas teorias e criação de estereótipos sobre as sexualidades e suas variações de gêneros. São muitas pessoas criando teorias e tentando apagar outras vivências, sob a proteção de uma fala de que a minha existência ofende ou apaga a existência de outros. Ser mulher é um fardo pesado demais, devo sempre servir, me anular, e abraçar todas as causas, mesmo que elas não me contemplem em suas lutas.
Querem que eu acredite que meu corpo é amaldiçoado e os nomes de suas partes não devem ser pronunciadas, todas as nomenclaturas podem soar como ofensas ou mal agouro. Um movimento tenta me anular, diminuir e joga de novo em minhas costas o peso de cuidar do mundo, passam-se milênios da História da humanidade e a roda do tempo gira e as culpas dos males do mundo recai sobre as mulheres.

Não posso e talvez queira muito mudar o mundo, tenho um desejo, quase uma utopia, viver em paz, sendo e sentindo meus amores e alegrias, sem seguir estereótipos criados por outrem, não caibo em nenhum desses estereótipos e nunca me esforcei para caber, vivo a vida em ações sociais no mundo real, esse mundo virtual é fluido e logo virá outra tecnologia e essa ficará obsoleta e essas palavras se perderão no tempo como os sentimentos fluidos desta época. O que ficará são as lembranças do tempo físico, do olho no olho, pele na pele e do cuidado com os outros todo o resto some com o vento e a pergunta inicial continua: o que você tem feito para combater a LGBTfobia?
Comments