Fugi de mim!
- Texto e foto: Bruno Torres
- 30 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

Oi sou o Bruno tenho 18 anos, hoje vou falar um pouco sobre mim aos meus 12 anos me descobri gay, me senti mal, meus irmãos não eram diferentes como eu só eu era diferente, eles gostam de garotas e eu de meninos, fomos criados juntos e apenas eu era diferente, quer dizer sou diferente, com isso aos meus 14 anos entrei para igreja evangélica, na época minha mãe não gostou porque ela é católica e eu estava indo em direção a outra doutrina, ela passava com uma psicóloga na época e contou para a psicóloga sobre mim, então essa "profissional" deduziu sem nem me conhecer que eu busquei um refúgio, que estava fugindo de tudo e de todos, mal ela sabia que não era isso. Durante 2 anos e 6 meses eu fingi ser alguém que não era, e foi uma escolha minha baseando-me nos conhecimentos que na época eu tinha, eu coloquei sobre mim uma pressão psicológica tão grande que eu cheguei a acreditar que realmente o que eu sou estava errado, e que deveria mudar, então eu fui um Bruno que desprezo, vivi uma mentira, ria para todos e morria por dentro, se eu disser que a igreja me fez mal, estaria mentindo construí laços lá dentro, mas não podia continuar a viver a mentira que eu vivia ouvia comentários de infernos que muitos iriam enfrentar por não seguir o que a bíblia diz, eu temia isso então essa pressão aumentou, então sim essa psicóloga errou ao falar isso, eu entrar para igreja não foi para fugir do mundo, mas sim de mim, queria fugir de mim, eu queria não ser eu, queria apertar o botão refazer e deixar de ser quem eu sou, era isso que eu queria, mas acordei, para mim, e para buscar quem eu era e ter coragem de encarar aqueles que amo e dizer quem eu realmente era(sou), pena que na igreja não tenha sido tão fácil, fui proibido de muita coisa, pois ao me assumir os pastores da minha igreja me falaram que eu devia lutar contra que era algo que deus abominava, então o ambiente lá não ficou legal, então eu sai, e hoje eu sou o que eu sou, e olho para o espelho e não tenho vergonha de quem eu sou, eu me encaro e vejo alguém diferente e que é feliz por suas diferenças, e que vai lutar por suas diferenças sem medo e sem vergonha.
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