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A ESTRADA

  • Revista Alternativa LGBTQ
  • 25 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura


Por: Dayse Cristina Santos Sales

Toda vez que vou à praia eu observo a natureza ao redor do percurso que faço, seja subindo ou descendo a serra.

Olho cada pedacinho pela janela, observo as nuvens me acompanhando, o Sol se pondo, o céu e seus tons que vão sempre mudando.

Me pergunto:

- Quantas espécies de bichos e de plantas toda essa mata linda esconde?

- Onde começam as rochas e montanhas e onde elas acabam?

Enquanto isso respiro bem fundo todo o ar puro que a natureza me presenteia naquele momento de contemplação.

E mesmo com todo esse concreto onde passam vários veículos num fluxo, hora muito rápido, hora muito lento. As árvores continuam crescendo, esticando seus galhos o mais alto que podem, ainda que com todo piche e cimento elas se recusam a deixar de crescer.

Para esse ano, não desejo muito, desejo apenas que sejamos árvores. As pancadas de chuva virão para tenta nos derrubar e os galhos quebrar, o Sol muito forte também virá para secar nosso solo, construirão estradas bem resistentes em nossos caminhos no intuito de passar por cima da nossa trilha e impedir que sigamos a rota de crescimento.

Mas devemos persistir e continuar crescendo, que saibamos contornar os pavimentos, que sejamos mais fortes que as chuvas a nos derrubar, mais firmes que o Sol forte a queimar nosso solo.

Que todo desastre natural e humano não nos impeça de crescer, não importa a direção dos nossos galhos, quanto tempo levaremos para crescer ou se daremos frutos, pois cada ser vivo cresce de maneira e ritmos diferentes, mas o importante é crescer. Enfim, desejo que assim como as plantas nada nos impeça de crescer física e espiritualmente e que sejamos todos plantas!


 
 
 

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