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Quantas mãos fazem um sonho?

  • Revista Alternativa LGBTQ
  • 24 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

Por: Kido Panontim

Juro que não é um texto egoísta, juro mesmo, estou até cruzando meus dedos enquanto escrevo com uma mão. Se você me conhece pode duvidar por causa do meu sol em Leão, se não conhece pode também duvidar pelo norte desse texto ser o lançamento do meu livro. Ok, devo confessar que o motivo pode aparentar ser mas, de fato, o motim da minha escrita seja todo entorno disso e o meu agradecimento que não cabe em 42 páginas. Minha trajetória na militância sempre se cruzou com minha artística, eu de fato não consigo assimilar o que é uma ou outra, eu realizo ambas: meu corpo é político e o fruto de tudo que faço também. Na semana do meu aniversário que por sua vez fica localizado entre algum dia do mês da visibilidade lésbica, sentei com outras duas lésbicas para finalmente transbordar aquilo tudo que eu sempre remotamente acreditei em realizar mas parecia tão descolado, tão irreal, tão remotamente impossível que eu apenas abri mão disso e fui seguindo fortalecendo os outros enquanto no meu interior eu só queria remotamente uma chance de também ser fortalecido. Naquela usina de ideias estava eu, me abrindo e aberto as ideias, me encantei pela possibilidade do artesanal de reimaginar meu sonho e tornar um sonho de outros corpos queers periféricos assim como o meu. Assim deixando de ser só um livro de poesias “CORpo(w)esia” e se tornando um registro do momento político que vivemos, uma análise sociocomportamental, meu registro pessoal/artístico e homenagens as mulheres da minha vida assim nasceu: “Ver-Me(Lho)” o primeiro volume de seis livros que dará início a coleção: “CORpo(w)esia” Entre as conversas para mim tinha ficado nítido que quem eu sou estava ali representado além da minha escrita, minha nerdice em forma de quebra-cabeça, as ecobags que sempre carrego por ai ganhando uma versão do meu livro, até canecas com meu nome me foram presenteadas com o objetivo genuíno de me fortalecer como pessoal, como o artista que sou. Eu jamais ousei pensar que isso tudo fosse possível e estava ali, um sonho que nunca tive, um projeto complexo, mas em sua essência simples, efetivo e muito atencioso. Eu adoraria que outros artistas como eu pudessem ter o cuidado que a Tesoura Produções e todes envolvido na execução tiveram comigo: Sheila Costa, Simone Almeida, Aleska Drychan. Renata Rissoto, Alice Costa, Luana Farias e Guilherme Fernandes. Eu sou profundamente grato a cada um de vocês, dedico o livro para minha avó, mas cada página dessa construção tem também parte de vocês pois todo projeto idealizado levada a não ter um nome na capa e sendo somente vermelho em todo seu esplendor para em seu subentendido ter a ideia de ser uma construção coletiva. Agora dia 21 de janeiro estarei junto da poeta Libélula lançando nossos primeiros livros que foram um abraço em meio a esse termo tão destoante da nossa sociedade, eu sigo com meus ideais vivos, sendo esse corpo gordo, queer, ex- morador de rua, artista, arteiro, periférico, político, múltiplo… Sigo convicto que existe um jeito muito novo na totalidade de algo muito maior: Sigo agora sendo parte de vocês.O futuro é feito á mão, mãos essas coletivas de pessoas periféricas e LGBTQIAPN+ e por isso declaro: Longa vida para Tesouras Produções.



 
 
 

4 Comments


Natt Maat
Natt Maat
Jan 24, 2023

友誼就是一切 💓

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Natt Maat
Natt Maat
Jan 24, 2023

Kido continue espalhando arte 💓

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carlotelac
Jan 24, 2023

A sua existência/luta/resignificação é sempre admirável, acolhedora e inspiradora, meu Ki(ri)do! Muitos parabéns a você e a todes envolvides!

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Alessandra Reis
Alessandra Reis
Jan 24, 2023

Vida longa a essa construção coletiva! Vida longa à Tesouras Produções!! Vida longa à Kido Panontim!! Vida longa à todes envolvidos!! ❤

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